quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O NASCIMENTO DE VÊNUS

Sandro Botticelli (1445-1510), pintor florentino, foi o autor da belíssima obra "O nascimento de Vênus", exposto na Galeria Uffizi, em Florença, Itália.
A pintura mede 175x279cm e foi reproduzida, aproximadamente, em 1484.
"O nascimento de Vênus" é considerada a obra mais importante de Botticelli.
Botticelli coloca em alguns de seus trabalhos, como no já citado, figuras mitológicas, tiradas da antiguidade.
Dentro dos padrões do ideal renascentista, Perséfone, na Primavera, é Vênus. E Deméter traz o manto para cobrir a recém-nascida Vênus, "despertada" pelos ventos Zéfiro e Flora.
A luz contorna nitidamente cada desenho do quadro, onde a natureza é sempre idealizada. Botticelli, na obra, está privilegiando a mitologia. Os pés da delicada Vênus e Demeter quase não tocam o chão.
O rosto da Vênus, doce e melancólica, não é somente uma personagem, mas ela realmente existiu, pois é uma figura repetida em vários quadros de Botticelli (Ex.: "Primavera"). A beleza de Vênus, portanto, não foi imaginada pelo artista (ainda mais porque as mulheres italianas são muito lindas). Trata-se da noiva de Juliano de Médici e parece que Botticelli se apaixonou por ela, que, após o assassinato de seu noivo, tornou-se freira.
Nesse quadro, Botticelli deu a Vênus um ar puro, onde não é sugerido o amor físico, simbolizando o ideal, a força da pureza e da verdade.
A pobreza de ornamentos é a ausência de todo o supérfluo, a busca pelo autêntico e do essencial.
Após a condenação de seu amigo dominicano, Savonarola, queimado vivo em praça pública de Florença, como punição às suas pregações contra o luxo e a falta de moralidade da nobreza, assistida pelo próprio Botticelli, este retirou de suas obras os símbolos pagãos.
Na verdade, não é só Vênus que nasce na tela de Botticelli mas, também, a alma cristã que emerge do batismo.
Por suas cores abstratas e luzes irreais, "O nascimento de Vênus" foi pouco divulgado e conhecido durante o século XV até as reminiscências saudosistas do período pré-rafaelino romântico.

2 comentários:

L. disse...

Eitcha corporativismo sem vergonha. Até eu me enrubeci com essa agora!!!

BIAZINHA VEGANA disse...

hiii, não pode mais falar isso...