quinta-feira, 6 de setembro de 2007

CHÃO DE CLOROFILA

"Eu penso
nas cores da grama
no brilho da lua
no sopro do vento
que estarão presente
na alegria
do dia em que eu lhe ter.
E lhe tendo, em mãos, braços e lábios,
não saberei mais andar nas ruas sem óculos escuros.
E não conseguirei mais usar saltos
nesses pisos embrutecidos e esquecidos.
Eu desaprenderei a sofrer.
Eu vou morrer
de tanto viver".

DESCONCENTRADA

Durante a faculdade de jornalismo...

"A aula começou e o calor deixa as pessoas melosas, suadas, expostas. E a cadeira em que sento está molhada. Aonde está aquele aparelho maravilhoso que faz com que a minha pele não fique tão oleosa? Deu vontade de tomar sorvete, de entrar na água gelada, de botar biquini, de tomar limonada. Tudo bem...Tudo bem...Calor é bom! Mas sem ar-condicionado...Melhor mesmo é o calor humano".

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"
Eu rastejo como uma serpente/
e canto como um pássaro".
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
O jornalismo de outrora era adverso da burguesia, já que a sociedade mostrava os seus desejos.
Hoje, virou um grande negócio, dirigido por empresas privadas, que visam lucro. Vive, portanto, de acordo com as práticas do mercado.
Atualmente, existe uma hegemonia neoliberal. O socialismo revolucionário e o fascismo fracassaram e o que sobrou foi o neoliberalismo, que era, à época, o movimento mais fraco.
O MUNDO SE TRANSFORMOU EM UM GRANDE MERCADO.
A Rede Mundial de Computadores, que o sistema chama de Internete, está em risco. Graaandes provedores...
RMC grátis é problemático, pois Internet é conteúdo.
COMO O MERCADO DE COMUNICAÇÃO NO BRASIL É FORMADO?
Ele, na verdade, SEMPRE FOI PRIVADO, formado por grupos nacionais, empresas com estrutura familiar. Quem manda é o dono. A "Globo" manipula 80% dos meios de comunicação.
Já a TVE é governamental, NÃO É PÚBLICA. Ela é propriedade do Estado e faz a TVE quem manda nela.
Em uma TV pública, todos teriam o direito de se expressar.
Quem nomeia o presidente da Fundação Roquete Pinto é o presidente do Brasil. QUAL O PROGRAMA QUE FALARÁ MAL DELE?
"Sinto-me tão estranha...
Aonde estão vocês,
forças protetoras,
companheiras pernósticas?
Sozinha no mundo
cheio
terreno
enxame de bárbaros
fantasiados de terno e gravata".
Plano de metas de Juscelino Kubitschek(JK)
(energia, transporte, alimentação, indústria de base, educação e construção de Brasília)
- meta-síntese;
- admnistração paralela;
- a questão da inflação
J.K. tinha uma meta-síntese: Brasília.
Na verdade, ele neeeem pensava nisso. Mas, em um comício, disse que iria cumprir com a então Constituição brasileira. Um cidadão, que lá se encontrava, lhe indagou que, para que a Constituição fosse seguida, ele teria de mudar a Capital. Então, ele fez a Capital.
Sabe-se que queriam mudar a capital desde o Império, por duas razões: segurança e misticismo (meta-física).
Num sonho, Dom Bosco viu uma Capital nascendo. Uma capital que, segundo seu sonho, seria o celeiro do mundo e, nas coordenadas, deu o lugar onde Brasília se encontra.
Fernando Henrique Cardoso (FHC) copiou o plano de Metas de J.K. (05metas, 05 dedos). "50 em 05".

O NASCIMENTO DE VÊNUS

Sandro Botticelli (1445-1510), pintor florentino, foi o autor da belíssima obra "O nascimento de Vênus", exposto na Galeria Uffizi, em Florença, Itália.
A pintura mede 175x279cm e foi reproduzida, aproximadamente, em 1484.
"O nascimento de Vênus" é considerada a obra mais importante de Botticelli.
Botticelli coloca em alguns de seus trabalhos, como no já citado, figuras mitológicas, tiradas da antiguidade.
Dentro dos padrões do ideal renascentista, Perséfone, na Primavera, é Vênus. E Deméter traz o manto para cobrir a recém-nascida Vênus, "despertada" pelos ventos Zéfiro e Flora.
A luz contorna nitidamente cada desenho do quadro, onde a natureza é sempre idealizada. Botticelli, na obra, está privilegiando a mitologia. Os pés da delicada Vênus e Demeter quase não tocam o chão.
O rosto da Vênus, doce e melancólica, não é somente uma personagem, mas ela realmente existiu, pois é uma figura repetida em vários quadros de Botticelli (Ex.: "Primavera"). A beleza de Vênus, portanto, não foi imaginada pelo artista (ainda mais porque as mulheres italianas são muito lindas). Trata-se da noiva de Juliano de Médici e parece que Botticelli se apaixonou por ela, que, após o assassinato de seu noivo, tornou-se freira.
Nesse quadro, Botticelli deu a Vênus um ar puro, onde não é sugerido o amor físico, simbolizando o ideal, a força da pureza e da verdade.
A pobreza de ornamentos é a ausência de todo o supérfluo, a busca pelo autêntico e do essencial.
Após a condenação de seu amigo dominicano, Savonarola, queimado vivo em praça pública de Florença, como punição às suas pregações contra o luxo e a falta de moralidade da nobreza, assistida pelo próprio Botticelli, este retirou de suas obras os símbolos pagãos.
Na verdade, não é só Vênus que nasce na tela de Botticelli mas, também, a alma cristã que emerge do batismo.
Por suas cores abstratas e luzes irreais, "O nascimento de Vênus" foi pouco divulgado e conhecido durante o século XV até as reminiscências saudosistas do período pré-rafaelino romântico.

O MITO DA CAVERNA

O MITO DA CAVERNA DE PLATÃO (presente no livro 07, da República)

Platão fez uma grande metáfora, comparando inicialmente o nosso mundo à uma caverna escura; uma reentrância na pedra, crepuscular.

O nosso mundo não tem luz própria, porque somos ignorantes. Mas nossa alma é sábia, mas esqueceu-se de tudo.

No fundo dessa caverna, ergue-se um paredão lúgubre, escuro. Na frente desse paredão, tem uma fileira de prisioneiros (nós, os homens, ignorantes no mundo, que já nascemos no escuro dessa caverna, amarrados, desde o nascimento, pelo pescoço até os pés), de frente para o paredão.

Atrás da fileira de prisioneiros, um muro, por onde passam figuras humanas carregando coisas e, atrás, tochas acesas, que projetam as sobras dessas figuras para o paredão.

Como os prisioneiros já nascem no fundo da caverna, sem poder girar o pescoço para trás, vêem somente aquelas imagens. Platão diz que eles não sabem que aquelas sombras são sombras, por não poder ver objetos que projetam tais sombras. Para eles, a sombra é uma realidade em si mesma.

Vivemos, assim, na ignorância, nas trevas. Neste mito, Platão conta a história trágica de Sócrates.

Um dos prisioneiros que se encontra na fileira tem a alma do filósofo e nunca aceitou as sombras como uma realidade em si mesmas, mas, sim, cópias. Nessa caverna escura, elas são governadas por dominantes que não estão interessados que os dominados saibam da LUZ. Querem mantê-los na ignorância.

Essa alma de filósofo quer conhecer a verdade. Sorrateiramente retira as amarras e ilumina a caverna. Ele sai da caverna (mundo), entra no mundo inteligível e sai do mundo sensível.

Depara-se, então, com o SOL (a idéia do bem, que permite que conheçamos as coisas). Fora a visão, os outros sentidos nos fazem conhecer as coisas diretamente (som, cheiro, gosto). Mas, para usarmos a visão, não basta estar em frente às coisas. Precisa-se de LUZ. A luz do SOL é comparada ao saber. O conhecimento é o bem máximo.

Quando o filósofo se depara com o SOL e enxerga os objetos por ele iluminados, ele conhece a VERDADE. E aquele que conhece a VERDADE não pode guardar esse bem dos outros homens. É UMA MISSÃO POLÍTICA. O filósofo tem de voltar à caverna para ensinar a verdade aos outros (missão política e pedagógica).

Então, quando volta para a caverna escura, o filósofo tonteia novamente (habituar a vista). Platão diz que o filósofo está sempre assim: o clarão x coisas menores.

NOTA: OUTRO MITO FAMOSO É O "BANQUETE DE PLATÃO", sobre o amor platônico.

Platão diz ser amor platônico o amor que não se realiza, pois a outra pessoa é casada, etc.

A realização carnal é o 1º degrau do movimento amoroso da minha alma, pois a alma quer passar para o reencontro da idéia de beleza. Nossa alma é filha da beleza e da necessidade (mito de Phenia e Pollus, pais de Eros).