A INTERNACIONAL
Letra de Eugène Pottier (1871) e música de Pièrre Degeyter (1888)
"De pé, ó vítimas da fome!
De pé, famélicos da terra!
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, oh produtores!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!
Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe, livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos, nós, por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!
Crime de rico a lei cobre.
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico, tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais, todos os seres!
Não mais deveres, sem direitos,
Não mais direitos, sem deveres!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!
Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha,
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua.
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
o povo só quer o que é seu!
Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
nos quer, à força, canibais,
logo verá que as nossas balas
são para os nossos generais!
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!
Pois somos do povo, os ativos.
Trabalhador forte e fecundo
pertence a terra aos produtivos.
Ó! Parasitas, deixai o mundo.
Ó! Parasitas que te nutres,
do nosso sangue a gotejar.
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar.
Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional!"
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