sábado, 19 de maio de 2007

A INTERNACIONAL

Letra de Eugène Pottier (1871) e música de Pièrre Degeyter (1888) "De pé, ó vítimas da fome! De pé, famélicos da terra! Da idéia a chama já consome A crosta bruta que a soterra. Cortai o mal bem pelo fundo! De pé, de pé, não mais senhores! Se nada somos neste mundo, Sejamos tudo, oh produtores! Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional! Senhores, patrões, chefes supremos, Nada esperamos de nenhum! Sejamos nós que conquistemos A terra mãe, livre e comum! Para não ter protestos vãos, Para sair desse antro estreito, Façamos, nós, por nossas mãos Tudo o que a nós diz respeito! Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional! Crime de rico a lei cobre. O Estado esmaga o oprimido. Não há direitos para o pobre, Ao rico, tudo é permitido. À opressão não mais sujeitos! Somos iguais, todos os seres! Não mais deveres, sem direitos, Não mais direitos, sem deveres! Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional! Abomináveis na grandeza, Os reis da mina e da fornalha, Edificaram a riqueza Sobre o suor de quem trabalha! Todo o produto de quem sua. A corja rica o recolheu. Querendo que ela o restitua, o povo só quer o que é seu! Nós fomos de fumo embriagados, Paz entre nós, guerra aos senhores! Façamos greve de soldados! Somos irmãos, trabalhadores! Se a raça vil, cheia de galas, nos quer, à força, canibais, logo verá que as nossas balas são para os nossos generais! Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional! Pois somos do povo, os ativos. Trabalhador forte e fecundo pertence a terra aos produtivos. Ó! Parasitas, deixai o mundo. Ó! Parasitas que te nutres, do nosso sangue a gotejar. Se nos faltarem os abutres Não deixa o sol de fulgurar. Bem unidos façamos, Nesta luta final, Uma terra sem amos A Internacional!"

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